Aprendemos desde cedo que política não vale a pena. É coisa de baderneiros que provocam o caos social. Ou ainda, coisa de profissionais, que foram eleitos e vão seguir carreira num empenho continuo para permanência no poder.
Mas, a política é isso? Jogamos nesta mesma cesta as lutas sociais feitas por estudantes e trabalhadores que reivindicam passe livre, terra, saúde, melhores condições de trabalho, argumentando, por vezes, haver interesses nebulosos por trás das manifestações.
Quando olhamos ao nosso redor percebemos que as instituições têm projetos, estratégias políticas, como formas de organizar e gerir as relações de poder. Temos políticas educacionais, política sindical e empresarial, entre outras.
O poder político pode concentrar-se nas mãos de poucos, que defenderão os interesses do grupo ao qual pertencem, ou pode distribuir-se melhor, garantindo assim mais justa e digna a vida em sociedade.
É considerando este princípio que o Sindicato elabora suas estratégias internas, com planejamentos, campanhas salariais, congressos, onde se decidem formas de enfrentamento nas fábricas.
Além disso, atua para fora, integrando-se aos movimentos sociais, para fortalecer a resistência contra a retirada de direitos.
Nossa aversão à política é muito conveniente... para que a ordem seja mantida e para que nada mude.
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