A atenção à saúde da mulher, na história das polí- ticas de saúde no Brasil, era reduzida aos parâmetros da atenção materno-infantil e, mesmo assim, relegada ao segundo plano.
No Brasil, esta política de saúde evidenciou um salto de qualidade na década de 80, com a formulação de propostas de atenção integral à saúde da mulher, que visavam à incorporação da própria mulher como sujeito ativo no cuidado da sua saúde, considerando todas as etapas de sua vida.
Foi elaborada no contexto da redemocratização do País, durante a Conferência de Alma-Ata (1978) e com a participação dos movimentos sociais e de mulheres.
Hoje temos a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, elaborada em 2004, a partir de diagnóstico epidemiológico da situação da saúde da mulher no Brasil e do reconhecimento da importância de se contar com diretrizes que orientassem as políticas de Saúde da Mulher.
Os principais objetivos desta política são: promover um atendimento mais justo, humano, eficiente e eficaz às mulheres. Ela pretende incorporar as questões de identidade de gênero e raça na formação dos profissionais de saúde, além de intensificar o trabalho e o olhar sobre mulheres em situação de violência.