GM quer "sacrifícios" de funcionários para investir no País
GM e Ford não quiseram dar declarações ontem
O presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, deve explicar nesta terça-feira, 22, aos representantes de trabalhadores das fábricas de São Caetano do Sul e de São José dos Campos, ambas em São Paulo, que tipo de “sacrifícios” espera dos funcionários para evitar suspensão de investimentos ou até mesmo fechamento de unidades no País.
O encontro, marcado para às 11h, na unidade de São José dos Campos, terá a participação de dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos das duas cidades, assim como dos respectivos prefeitos. Enquanto Zarlenga vai expor o que considera um “momento muito crítico” nas operações locais – que registram prejuízos desde 2016 –, em São Bernardo do Campo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizará um protesto em frente à fábrica da Ford para cobrar novos investimentos.
GM e Ford não quiseram dar declarações ontem. Paulo Cardamone, presidente da consultoria Bright, lembra que os dois grupos passam por forte reestruturação em suas matrizes nos Estados Unidos, com fechamento de fábricas, redução de pessoal e suspensão de produção de vários automóveis.
Na última sexta-feira, Zarlenga divulgou comunicado aos funcionários afirmando que será preciso aprovar um plano de viabilidade dos negócios na região (Brasil e Argentina) que requer apoio do governo, concessionários, empregados, sindicatos e fornecedores. “Do sucesso deste plano dependem os investimentos da GM e o nosso futuro”, diz o documento.