18 de Setembro de 2019
Trabalhadores da GM mantêm greve geral nos EUA
Montadora e sindicato local não chegam a acordo; 48 mil metalúrgicos estão parados há dois dias
Cerca de 48 mil trabalhadores da GM mantiveram os braços cruzados ontem, terça-feira (17), segundo dia de greve geral nos Estados Unidos e que foi convocada no domingo pelo United Auto Workes (UAW), sindicato da categoria. Esta é a primeira paralisação nacional dos metalúrgicos da General Motors no país em 12 anos, desde que a empresa entrou em recuperação judicial após uma profunda crise financeira.
Na segunda-feira, representantes do sindicato e da empresa negociaram, mas não chegaram a um acordo. Segundo informações do site Automotive News, a reunião durou 11 horas e após uma pausa, o vice-presidente do UAW, Terry Dittes, teria dito à agência de notícias Bloomberg que os lados permaneceram distantes em várias questões.
O UAW tem confrontado a GM para impedir o fechamento de fábricas de veículos em Ohio e Michigan e defende maiores salários aos metalúrgicos argumentando que a empresa acumula anos de lucro recorde na América do Norte. Por sua vez, a GM diz que o fechamento das fábricas é necessário e que os salários e benefícios aos trabalhadores da UAW são caros se comparados com fábricas não sindicalizadas no sul do país.
Os trabalhadores também querem que a GM e as outras montadoras compensem as concessões que o sindicato concordou durante a crise financeira para ajudar a mantê-las. A greve será uma prova de fogo tanto para o UAW quanto para a GM e sua presidente-executiva Mary Barra em um momento em que a indústria de veículos dos EUA está enfrentando desaceleração de vendas e aumento de custos com o desenvolvimento de veículos elétricos.
Do Automotive Business
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